Glossário para entrar no mundo da DRC

Mergulhe nas palavras e termos que você deve conhecer

No mundo da doença renal crônica, é importante que os pacientes saibam que não estão sozinhos. Além dos seus entes queridos, existe uma equipe de profissionais que busca facilitar todo o processo para você. Para tornar a comunicação mais fluida, reunimos alguns dos termos-chave mais comuns ouvidos nessas conversas médicas. Vamos começar!

 

DRC: Essa é a sigla para "Doença Renal Crônica". Provocada como consequência dos danos gerados nos rins por várias doenças, sendo as mais frequentes a diabetes mellitus e a hipertensão arterial. Os sintomas que os pacientes apresentam ocorrem em consequência da perda progressiva das funções que o rim normalmente desempenha, entre as quais estão: A) eliminação de toxinas produzidas pelo nosso metabolismo ou toxinas oriundas do metabolismo de agentes externos como medicamentos, gerando tonturas, náuseas e vômitos, principalmente ao ver ou cheirar alimentos. B) Diminuição da capacidade de produção de glóbulos vermelhos, levando à anemia. C) Eliminação do excesso de líquido consumido, produzindo edema em diferentes partes do corpo, principalmente nos membros inferiores. D) Regulação da pressão arterial, produzindo hipertensão arterial. E) Regulação da saúde óssea.


 

Toxinas: As toxinas são substâncias nocivas que se acumulam no organismo (secundárias à impossibilidade de serem eliminadas pelos rins), gerando diversos efeitos no organismo. Existem várias toxinas conhecidas, no entanto, as que são mais frequentemente medidas no sangue com os exames laboratoriais solicitados pela equipe médica são: creatinina, nitrogênio úrico no sangue (BUN) e potássio.


 

Creatinina: É um composto orgânico gerado pelo metabolismo normal dos músculos. Os rins, quando saudáveis, eliminam essa substância pela urina, porém, quando o rim começa a adoecer, diminui a capacidade do organismo de eliminar essa substância, o que gera acúmulo no sangue.

 

Potássio: É um eletrólito que normalmente se encontra no corpo humano cumprindo diferentes funções, pode ser consumido em alimentos como banana, laranja, ameixa, batata, espinafre, entre outros. Quando o rim perde a capacidade de eliminá-lo na urina e ele se acumula no corpo, pode gerar arritmias no coração.

 

Edema: O inchaço é o acúmulo de líquidos sob a pele, em decorrência da redução da capacidade do rim de eliminar os líquidos consumidos diariamente. Como na maioria das vezes estamos em pé ou sentados, o edema pode ser visto com mais frequência nos pés e tornozelos, embora o acúmulo de líquidos também possa ser visto nas costas quando estamos deitados; os pulmões também são afetados pelo acúmulo de líquidos que causam fadiga que se manifesta ao caminhar, comer, vestir-se, conversar ou simplesmente sentar.

 

Hipertensão arterial: É uma doença que se dá em consequência do aumento da pressão a que o sangue circula pelas artérias, acima do normal. Os medicamentos usados ​​para controlar a hipertensão têm como objetivo diminuir a pressão na qual o sangue se move através dos vasos sanguíneos. Esta é uma das doenças que podem causar doença renal crônica.

 

Diabetes mellitus: É uma doença causada pela incapacidade do corpo de controlar os níveis baixos de açúcar no sangue, razão pela qual este grupo de pacientes costuma apresentar níveis elevados de açúcar no sangue. Esta é uma das doenças que podem causar doença renal crônica.

 

Hiperplasia prostática: Aumento do tamanho da próstata, presente apenas nos homens, que gera diminuição do calibre da uretra e aumento da pressão para eliminar a urina produzida no rim. Esta é uma das doenças que podem causar doença renal crônica.

 

Nefroproteção: Grupo de profissionais de saúde entre os quais: Nefrologista, Enfermeiro, Psicólogo, Nutricionista, Assistente Social, entre outros, cuja finalidade é: A) tratar as diferentes doenças que causam a doença renal crônica. B) Realizar acompanhamento emocional aos pacientes e familiares frente à deterioração das funções renais. C) auxiliar na realização de tramites administrativos frente aos diferentes planos de saúde para as necessidades que cada paciente apresenta em particular.

Estádios: Estágios de gravidade da doença renal crônica. São cinco estágios, a saber: 1,2,3,4 e 5, o número um é o mais brando e o número cinco o mais delicado. Em geral, os pacientes com doença renal crônica nos estágios 3 e 4 estão sendo submetidos a um programa de Nefroproteção; e geralmente no estágio 5 são pacientes que estão em algum tipo de terapia renal, sendo as mais frequentes a hemodiálise e a diálise peritoneal.

 

Terapias de substituição renal: São diferentes opções de tratamento para substituir algumas das funções do rim, quando não conseguem cumprir as funções que normalmente desempenham. O acúmulo no corpo de uma grande quantidade de toxinas, é fatal para pessoas com doença renal crônica. As 3 opções de terapia de substituição renal são: hemodiálise, diálise peritoneal e transplante renal.

 

Hemodiálise: É o tipo de terapia renal substitutiva mais utilizada no país. Consiste na extração de toxinas do sangue, em sessões de aproximadamente 4 horas de duração, que são realizadas 3 vezes por semana, a cada 48 horas.

 

Cateter: É um elemento médico que pode ser semelhante a uma "mangueira", através da qual se pode realizar a hemodiálise ou a diálise peritoneal.

 

Fístula arteriovenosa: é a união feita por meio de cirurgia entre uma artéria e uma veia, que é utilizada na maioria dos pacientes que fazem hemodiálise como opção de terapia renal substitutiva.

 

Diálise peritoneal: Outro tipo de terapia renal substitutiva, que consiste na limpeza das toxinas acumuladas no corpo por meio do peritônio localizado na cavidade abdominal. Ao contrário da hemodiálise, esse tipo de substituição renal é feito todos os dias.